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XVII - Soneto do Prazer Ephemero
XVII - Soneto do Prazer Ephemero Dizem que o rei cruel do Averno immundo Tem entre as pernas caralhaz lanceta, Para metter do cu na aberta greta A quem não foder bem ca neste mundo: Tremei, humanos, deste mal profundo, Deixae essas lições, sabida peta, Foda-se a salvo, coma-se a punheta: Este prazer da vida mais jucundo. Si pois guardar devemos castidade, Para que nos deu Deus porras leiteiras, Sinão para foder com liberdade? Fodam-se, pois, casadas e solteiras, E seja isto ja; que é curta a edade, E as horas do prazer voam ligeiras! Bocage |
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